Depois do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, ter anunciado que “a despesa em pensões cresceu de forma particularmente pronunciada” entre 2000 e 2010, e com o corte previsto de quatro mil milhões de euros na despesa do Estado, o Governo não afasta a possibilidade de aumentar a idade de reforma para conter custos.
Um membro do Executivo diz ao semanário Sol que “neste momento, [esta possibilidade] não está em cima da mesa, mas vamos avaliar tudo”. No mesmo sentido, o presidente do Conselho Nacional do CDS, António Pires de Lima, diz que “não excluiria nenhuma hipótese”, reforçando que “todas as ideais devem ser exploradas”, nomeadamente uma discriminação positiva nas pensões para pessoas com filhos.
António Pires de Lima destaca ainda que os funcionários públicos “têm regalias [em relação ao privado] no cálculo da reforma e na protecção na saúde que é preciso olhar”.
Também Adão Silva, responsável da bancada ‘laranja’ pela área da Segurança Social, considera que “há espaço para um ajustamento [na atribuição de pensões], de modo a promover um sistema mais equilibrado”.
O semanário lembra que, o valor médio das reformas atribuídas pela Caixa Geral de Aposentações é de 1200 euros, contra os 470 euros do sistema de Segurança Social.