"Esta é a retoma de um serviço que já não existia há alguns anos e que já nem os agentes locais esperavam que pudesse ser retomado. Faço votos para que no início do próximo ano possamos ter os voos regulares já a operar em Viseu", alegou.
Durante a cerimónia de inauguração das obras de requalificação do Aeródromo Municipal de Viseu, o governante realçou que a inclusão de Viseu e Portimão na rota que anteriormente servia apenas Vila Real, Bragança e Lisboa, não traz despesas acrescidas.
"Temos a certeza que a inclusão de Viseu nesta rota não só é compatível orçamentalmente com a realidade do país, mas também com as regras comunitárias", acrescentou.
Na sua intervenção, Sérgio Monteiro defendeu que esta é uma medida que contribui para a coesão social e do território, para o desenvolvimento de infraestruturas que são de primordial importância para a região e para o fomento da atividade económica.
"É muito importante que, na medida do possível, os governos centrais não se esqueçam do interior na hora de tomar decisões", sustentou.
O secretário de Estado dos Transportes aproveitou ainda para destacar a importância da radicação do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA) no Aeródromo Municipal de Viseu.
"A partir de agora, salvam-se vidas futuras em Viseu, porque aqui se trata, do ponto de vista adequado e científico, dos acidentes que acontecem, prevenindo outros acidentes que certamente não acontecerão", referiu.
O hangar cedido ao GPIAA deverá entrar em funcionamento dentro de algumas semanas e servirá para armazenar e examinar, com segurança e condições técnicas, as aeronaves acidentadas, o seu conteúdo e os seus destroços.
"Pode parecer que estamos a tratar de sucata, mas destroços de aeronaves que são acidentadas são informação valiosa para a vida das pessoas, porque trataremos de fazer investigação de como prevenir as situações que ainda não aconteceram", disse.
O presidente da Câmara de Viseu informou que foram investidos cerca de 130 mil euros na requalificação do Aeródromo Municipal de Viseu, sendo 100 mil para a pista e perto de 30 mil para o hangar destinado ao GPIAA.
"Com o concurso que está a ser preparado para as ligações aéreas, vamos ter de reforçar a iluminação, para permitir aterragens em dias de nevoeiro e de noite. Também vamos investir do ponto de vista de aparelhos de sinalização", avançou.