"Se algum capital adicional fosse necessário, por força de riscos que neste momento não estamos a ver, seguramente que há acionistas interessados em participar num aumento de capital do BES", disse hoje o Governador do Banco de Portugal, em declarações à TVI.
Carlos Costa voltou ainda a garantir o que a instituição que lidera tem dito em público nos últimos dias: "O BES está capitalizado, tem uma almofada de capital para fazer face aos riscos com que está confrontado, que tem a ver com a evolução da área não financeira da família".
Ainda assim, adiantou, se for necessário o BES "tem capacidade para mobilizar capital", pelo que "os depositantes podem estar tranquilos".
O governador garantiu ainda que "se o banco está sólido, não há crise sistémica".
Nas últimas semanas, foram tornados públicos vários problemas no Grupo Espírito Santo (GES), que têm levantado receios do contágio ao BES.
Para já, a mensagem do Banco de Portugal tem-se mantido a mesma, de que "a situação de solvabilidade do BES é sólida, que foram tomadas medidas "para evitar riscos de contágio ao banco resultantes do ramo não-financeiro do GES e que os depositantes não correm riscos.
O novo presidente executivo do BES, Vítor Bento, que substituiu o líder histórico Ricardo Salgado, disse hoje que a prioridade no banco é "reconquistar a confiança dos mercados" e pôr fim à especulação.