Questionado pela Lusa sobre se a economia poderá ser a nova matriz aglutinadora dos países que falam a língua portuguesa, Campos Ferreira disse que "a economia também está aí, mas é mais um dos fatores, os países não vivem à margem da economia, é o fator principal do desenvolvimento", mas sublinhou que "a CPLP está muito para além da economia".
Para o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros de Portugal, "a CPLP é essencialmente uma comunidade de língua e valores portugueses, de valores de proteção e troca de experiências, de valores culturais, de história em comum, de afetos, mas também de trocas económicas e comerciais, de cooperação no ensino e na saúde, é um espaço de partilha entre países que se gostam e querem construir um futuro conjunto".
Campos Ferreira lembra, ainda assim, que "nos últimos dez anos, mais de metade do petróleo em sentido lato descoberto fala português, e sem contar com a Guiné Equatorial, o português é a língua oficial de negócio na área do petróleo, por isso a CPLP é um ator muito importante nesse setor energético, que é tão importante para o mundo como é o petróleo".
Para o governante português, "adicionar à CPLP mais países que tenham importância como produtores em recursos naturais adiciona valor e importância à comunidade, mas não pode ser o critério".