O Governo divulgou esta tarde a síntese de Execução Orçamental relativa ao primeiro semestre de 2014, onde se pode verificar um agravamento do défice das contas públicas de 149 milhões de euros, face a junho de 2013, estando este valor agora fixado nos 4192 milhões.
No mesmo documento é ainda revelado que a receita fiscal registou um crescimento de 4,3%, um resultado que, face ao período homólogo, permitiu um aumento das receitas de 711 milhões de euros.No total, entraram nos cofres do Estado português por via de impostos, até junho, 17,129 milhões de euros.
Noutro âmbito, também a despesa da Administração Pública registou um aumento de 4,2%, sendo este crescimento da despesa explicado pelo Governo, maioritariamente, com “o padrão infra-anual de pagamento do subsídio de férias aos trabalhadores em funções públicas”.
O Ministério das Finanças, no documento enviado às redações, em reação aos números hoje conhecidos da Direção Geral do Orçamento (DGO), atribuiu o aumento do défice, entre outro fatores, ao chumbo de três normas do Orçamento do Estado por parte do Tribunal Constitucional, uma decisão que apenas conhecida no passado dia 30 maio.
“Para este resultado [agravamento do saldo orçamental] contribui o efeito sobre a despesa resultante do pagamento do subsídio de férias (em 2013 este pagamento ocorreu em novembro) e ainda o efeito do aumento das remunerações em resultado da decisão do Tribunal Constitucional bem como o aumento do pagamento de juros”
[notícia atualizada às 18h05]