Artesanato tem "potencial de desenvolvimento económico"

O secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, disse que hoje "é importante trabalhar na atualização e renovação do artesanato português", área que considera com "potencial de desenvolvimento económico" para o país.

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Lusa
26/07/2014 19:32 ‧ 26/07/2014 por Lusa

Economia

Governo

Barreto Xavier, que participou na inauguração da 37.ª edição da Feira de Artesanato de Vila do Conde, uma das que mobiliza mais profissionais e visitantes, frisou a pertinência de as artes e ofícios serem transmitidas às novas gerações.

"Achamos que é importante trabalhar na atualização e renovação do artesanato. Que os artesões transmitam os seus saberes e encontrem caminhos para que as suas artes, nas novas gerações, possam ter uma presença e possam servir como modo de trabalho e desenvolvimento económico", afirmou.

Em Vila do Conde, Jorge Barreto Xavier deu precisamente o exemplo das rendas de bilros locais, como um modelo a seguir.

"As rendas de bilros têm feito um excelente trabalho nesse âmbito. Têm uma escola própria, onde são transmitidos conhecimento aos mais novos. Significa que há uma vontade de desenvolvimento", frisou.

O secretário de Estado da Cultura reconheceu "que é necessário mais do que palavras", para consubstanciar a renovação que referiu, e elencou alguns dos programas do Governo para o desenvolvimento do artesanato.

"Há um lado documental e, nesse âmbito, temos umas das primeiras bases de dados de documentação do património imaterial português, mas há também um lado económico, que tem de funcionar junto do Ministério da Economia e dos programas europeus de apoio, na atribuição de incentivos ao artesanato", afirmou.

Sobre a questão da modernização do artesanato, a presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Elisa Ferraz, apontou o exemplo da região espanhola da Galiza, que este ano é convidada desta Feira de Artesanato, como algo a seguir.

"Concordo que precisamos de modernizar o modo como apresentamos o nosso artesanato, e o caso da Galiza, que criou uma marca própria, é um bom exemplo. Acho que temos de sair de portas e apresentar os nossos produtos, até porque os artesões que temos, têm crescido em número e qualidade", sublinhou a autarca.

Elisa Ferraz acredita num aumento de público para esta 37.ª edição, lembrando que o convite feito aos "artesões" galegos poderá, também, cativar mais visitantes no norte de Espanha.

Algo partilhado pela diretora geral de Comércio da Junta da Galiza, também presente na inauguração, que falou da importância do intercâmbio cultural na área do artesanato.

"Vamos poder estreitar os laços entre Galiza e Portugal e apreender mutuamente com as coisas boas que tem sido feito no artesanato. Temos interesse máximo em estar presentes numa das feiras mais importantes do vosso país. Acredito que este intercâmbio vai ajudar melhorarmos os produtos artesanais".

A 37.ª edição da Feira de Artesanato de Vila do Conde arrancou hoje, nos Jardins da avenida Júlio Graça, em Vila do Conde, e prolonga-se até 10 de agosto. No espaço estão patentes mostras de artesanato das diferentes regiões do país. O certame reúne 158 pavilhões/stands e mais de 200 artesões, e apresenta um programa cultural dedicado à música, à dança e à gastronomia.

No sítio da Feira na internet, a organização diz que espera ultrapassar, este ano, os 400 mil visitantes atingidos em edições anteriores.

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