A estratégia está traçada. Os líderes europeus querem que a generalidade dos países, especialmente aqueles em que a crise foi mais intensa, como é o caso de Portugal, consiga gerar excedentes orçamentais primários significativos.
Mas tal não é um é uma tarefa fácil. Prova disso são os resultados de um estudo levado a cabo por dois economistas, que prova que só três países o conseguiram fazer durante um longo período de tempo desde 1974.
São o caso da Bélgica, Noruega e Singapura, exemplos “especiais”, segundo o norte-americano Barry Eichengreen e o italiano Ugo Panizza.
Estes conseguiram, num período de 10 anos, um excedente primário médio superior a 5%, valor semelhante ao que é exigido a Portugal (5,9%) entre 2020 e 2030.
Mas, porque tal é um feito “excecional”, só cinco países atingiram os 4% e apenas 12 chegaram aos 3%.