Pedro Mota Soares revelou que o protocolo prevê um apoio financeiro de "500 mil euros" para "28 novos cursos" de formação `dual´ a realizar na ATEC até 2016, oito dos quais deverão arrancar ainda este ano.
A formação profissional `dual´, modelo importado da Alemanha, incluiu uma parte teórica, mas também uma forte componente técnica e prática, que se tem revelado bastante eficaz na formação de profissionais qualificados, facilitando a integração dos formandos no mercado de trabalho.
"Na ATEC existem dois modelos de formação: por um lado jovens que encontram aqui uma formação de ensino dual, que lhes dá uma certificação e uma porta de entrada no mercado de trabalho", explicou Pedro Mota Soares.
"Também existe a possibilidade de fazer qualificação e requalificação profissional, quer de ativos, quer de pessoas que estão no desemprego", acrescentou o ministro, salientando que a "taxa de empregabilidade dos formandos da ATEC é de 80 por cento".
A ATEC foi constituída em 2003 com o objetivo de formar dar resposta às necessidades da Autoeuropa e empresas fornecedoras, mas, de acordo com o ministro, atualmente já forma profissionais qualificados para outras empresas do tecido empresarial português.
Mas a ATEC continua também a ter uma "importância estratégica" para a formação de profissionais qualificados para a fábrica de automóveis do grupo Volkswagen, em Palmela, como reconhece o diretor-geral da Autoeuropa, António Melo Pires.
"Isto é essencialmente formação pós-secundário, que pretende que as pessoas consigam o 12º ano e uma carteira profissional. E não é o fim-de-linha. Os formandos ficam com a possibilidade de frequentarem o ensino universitário", disse.
António Melo Pires garantiu ainda que a ATEC vai continuar a ser importante no recrutamento de novos profissionais para a fábrica de Palmela.