O Jornal de Negócios questionou o FMI e a Comissão Europeia sobre a sua responsabilidade na situação vivida pelo Grupo Espírito Santo (GES). Os credores internacionais, que estiveram em Portugal nos últimos três anos, defendem-se dizendo que não tinham mandato nem poderes nessa matéria e que a responsabilidade é do regulador, o Banco de Portugal.
“O Banco de Portugal é responsável pela supervisão prudencial dos bancos que fazem parte da jurisdição. A troika não tinha o mandato nem a capacidade para levar a cabo essa atividade durante o programa e não era responsável pela supervisão dos bancos”, respondeu.
Por seu lado, o Banco de Portugal refere que “as entidades do ramo não financeiro do Grupo Espírito Santo não se encontram sujeitas” à sua supervisão.
Mas o facto de em três anos de troika esta nunca ter feito qualquer referência a problemas no Banco Espírito Santo tem suscitado comentários de várias personalidades. O professsor Marcelo Rebelo de Sousa e Guntram Wolff, diretor da Bruegel, também consideram estranho que o problema não tenha sido detetado.