FMI culpa Banco de Portugal por falta de supervisão ao BES

Em três anos de análise às contas do país, em momento algum, a troika fez referência aos problemas do Banco Espírito Santo (BES). Confrontados com a situação, FMI e Comissão Europeia passam 'a batata quente' da responsabildade para o Banco de Portugal, destaca hoje o Jornal de Negócios.

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Notícias Ao Minuto
29/07/2014 07:47 ‧ 29/07/2014 por Notícias Ao Minuto

Economia

Crise

O Jornal de Negócios questionou o FMI e a Comissão Europeia sobre a sua responsabilidade na situação vivida pelo Grupo Espírito Santo (GES). Os credores internacionais, que estiveram em Portugal nos últimos três anos, defendem-se dizendo que não tinham mandato nem poderes nessa matéria e que a responsabilidade é do regulador, o Banco de Portugal.

“O Banco de Portugal é responsável pela supervisão prudencial dos bancos que fazem parte da jurisdição. A troika não tinha o mandato nem a capacidade para levar a cabo essa atividade durante o programa e não era responsável pela supervisão dos bancos”, respondeu.

Por seu lado, o Banco de Portugal refere que “as entidades do ramo não financeiro do Grupo Espírito Santo não se encontram sujeitas” à sua supervisão.

Mas o facto de em três anos de troika esta nunca ter feito qualquer referência a problemas no Banco Espírito Santo tem suscitado comentários de várias personalidades. O professsor Marcelo Rebelo de Sousa e Guntram Wolff, diretor da Bruegel, também consideram estranho que o problema não tenha sido detetado.

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