A diretora do departamento de mercados financeiros do Banco Espírito Santo explicou, na semana passada, a “engenharia financeira” quer permitiu ao BES colocar os seus clientes a financiarem o Grupo Espírito Santo sem que os mesmos soubessem e contra todas as indicações do Banco de Portugal.
Segundo explica hoje o Expresso, Isabel Almeida revelou, em lágrimas, como tudo se processou.
Através da emissão de obrigações oriundas de Londres, Panamá e Luxemburgo e utilizando uma holding na Suíça (Eurofin), o BES usou o dinheiro de clientes para financiar o GES e as suas holdings.
Esta prática, escreve o Expresso, foi contra as indicações do Banco de Portugal e produziram um lucro fictício, que não existia. Este falso lucro acabou por se transformar em (mais um) prejuízo para o BES.
O leque de crimes cometidos dentro da instituição bancária agora liderada por Vítor Bento implica falsificação de documentos, gestão danosa e até favorecimento de credores.
O caso segue para o Ministério Público.