Garantias de que contribuintes estão 'livres do BES' são "falsas"

A economista e colunista Megan Greene, que se tem debruçado nos últimos anos sobre a crise das dívidas nos países sul-europeus, considera que serão ?falsas? quaisquer afirmações que sugeriam que os contribuintes não serão prejudicados pelo resgate ao BES.

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Notícias Ao Minuto
04/08/2014 13:05 ‧ 04/08/2014 por Notícias Ao Minuto

Economia

Megan Greene

Para Megan Greene, economista-chefe da consultora Maverick e cronista da Bloomberg, os contribuintes nacionais não irão escapar às consequências do resgate ao Banco Espírito Santo.

Recorde-se que o banco privado será dividido em ‘banco mau’ e em ‘banco bom’, estimando-se que virá a necessitar de quase cinco mil milhões de euros para se capitalizar. Este domingo à noite, governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, anunciou a solução para o BES, com o Governo, através de um comunicado do Ministério das Finanças, a afirmar que os contribuintes não terão de suportar quaisquer custos.

E é sobre esta questão que surgem as dúvidas de Megan Greene. Num comentário de que o The Guardian dá conta, publicado na rede social Twitter, Megan Greene considera que o resgate ao BES é “assustadoramente”  parecido com os resgates à banca irlandesa, “embora numa escala muito menor”. A economista acrescenta que serão “falsos” quaisquer comentários que sugiram que os contribuintes estão ‘livres’ da situação.

Na sua conta no Twitter, a cronista da Bloomberg dá também destaque a um artigo da autoria de Claire Jones, artigo esse que tem como título ‘Como roubar um país, ao estilo do Espírito Santo’ ('How to rip off a country, Espirito Santo style', lê-se no título original). Claire Jones já tinha escrito para a revista Forbes sobre a crise no banco privado.

Num outro tweet, em resposta a uma pergunta sobre o que mais receava, Megan Green foi taxativa relativamente ao que teme: "Que os custos sejam socializados em Portugal, implicando mais austeridade para reduzir a dívida pública".

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