A 8 de agosto, cinco dias depois do anúncio de Carlos Costa sobre a solução encontrada para a crise no Banco Espírito Santo (BES), o escritório de advogados Miguel Reis & Associados divulgou, na sua newsletter, a ata da reunião extraordinária do conselho de administração do Banco de Portugal.
Esta quarta-feira, o Jornal de Negócios dá conta de que o regulador nada vai fazer em relação ao sucedido, depois de ouvir uma fonte oficial que garantiu que “o Banco de Portugal não fará qualquer diligência".
A Miguel Reis & Associados justificou a publicação do documento com a prestação de um serviço público, uma vez que neste eram divulgados dados que até aí não eram conhecidos, nomeadamente o facto de o Banco Central Europeu ter obrigado o BES a reembolsar o dinheiro que tinha pedido, cerca de 10 mil milhões de euros, no máximo até ao dia seguinte.
Contudo, o regulador reage dizendo que “a deliberação do dia 3 de Agosto foi notificada e certificada, de imediato e nos termos legais, às partes diretamente interessadas e o registo comercial foi promovido pelo Novo Banco, de acordo com a lei geral", pelo que estas não ficaram a conhecer quaisquer dados através da divulgação da ata pelo escritório de advogados.