O Tesouro português tinha uma almofada financeira, conseguida na reta final do programa de ajustamento, de oito mil milhões. Pelo que, era vista com agrado a possibilidade de reembolsar antecipadamente o FMI pelo empréstimo concedido a Portugal.
Mas a situação no Banco Espírito Santo inverteu as regras do jogo e, sabe o Diário Económico, essa possibilidade está, para já, afastada. Em causa está a redução do valor da almofada financeira devido ao resgate de 3,9 mil milhões de euros ao BES, através do Fundo de Resolução.
O objetivo de antecipar o reembolso ao FMI visava, essencialmente, aliviar picos de pagamento entre 2016 e 2020 e necessidades de financiamento. O Diário Económico lembra que os empréstimos a Washington custam em média 3,4% a 7,25 anos e Portugal financia-se a dez anos a uma taxa de 3,6%.
No caso da Irlanda, esta possibilidade será analisada pelo Eurogrupo entre setembro e outubro, desconhecendo a Europa até agora qualquer intenção no mesmo sentido do Tesouro português.