O semanário Expresso teve acesso a uma ata de uma reunião do Conselho de Administração da PT, datado de 10 de julho, em que se gera uma discussão ‘acesa’ sobre quem teria ou não conhecimento da compra de papel comercial da empresa à Rioforte.
Na reunião em questão, o administrador Pacheco de Melo é incentivado por Paulo Varela, administrador pela Visabeira, a dizer “de uma forma clara se as pessoas da Oi sabiam ou não” da dívida da PT à holding Grupo Espírito Santo (GES).
A resposta foi longa, mas clara: “Esta operação é uma prática recorrente da empresa, pelo que é natural que as pessoas que cá estiveram soubessem que havia aplicações junto do Banco Espírito Santo e colocadas por este. (…) Após a transferência dos ativos, só não sabe quem não quer ver”.
Já de Rafael Mora, homem-forte da Ongoing – segunda maior acionista da PT –, ouviram-se as seguintes palavras: “Chegou o momento de uma vez por todas de resolver os problemas e não de se ‘armarem em mártires’ pois não vou aceitar, nem mais um minuto, que os responsáveis da Oi nos continuem a crucificar na praça pública quando é evidente que eles sabiam, nomeadamente o presidente e o CFO da Oi”.