O Banco de Portugal (BdP) decidiu pela suspensão imediata dos gestores responsáveis pelos pelouros de auditoria, compliance e gestão de riscos, por não terem detectado actos de gestão lesivos na primeira quinzena de julho.
Estes gestores - Rui Silveira, António Souto e Joaquim Goes - chegaram ao banco de manhã para trabalharem e depararam-se com uma carta do BdP a comunicar-lhes que estavam suspensos, uma decisão que os apanhou completamente de surpresa, de acordo com o noticiado pelo jornal Sol.
Em cartas de renúncia apresentadas posteriormente, depositadas na Conservatória de Registo Comercial, contestam a atuação de Carlos Costa, que consideram “injusta” e “muito grave”, negando qualquer responsabilidade na situação do banco e um deles, António Souto, promete mesmo “responder ao BdP”.
“Esta manhã, ao chegar ao Banco, foi-me entregue a carta do Banco de Portugal [...]. Não me revejo e não aceito os incumprimentos que a dita carta me imputa. Trata-se de um facto consumado e sem fundamento, que me atinge, pessoal e profissionalmente, de uma forma grave e irreversível”, escreveu Rui Silveira, a 31 de julho, citado pela mesma publicação.
O queixoso indica ainda que o BdP “não deixou espaço e condições eficazes para qualquer tipo de contraditório imediato e esclarecedor da minha parte”.