Apesar de terem sido apontadas várias irregularidades à equipa de Ricardo Salgado no caso do GES, o conjunto dos gestores que trabalhava com o líder do Banco Espírito Santo terá, escreve o Sol, recebido cerca de 23 milhões de euros em prémios de gestão. Estes valores serão irrecuperáveis, apesar de existirem várias ações nos tribunais, por ausência de uma figura legal.
Apenas durante os anos de 2012 e 2013 os gestores viram os seus bónus cortados, mas, a título de exemplo, há seis anos os mais próximos de Salgado receberam 8,8 milhões de euros, além do salário-base que auferiam.
Em 2010, refere o Sol, Salgado, como presidente da Comissão Executiva, foi o mais bem remunerado, tendo recebido na totalidade um valor de 1,2 milhões de euros, sendo que destes 674 mil foram devidos a prémios extra salário.
Neste momento, explica a mesma publicação há já vários processos a serem preparados, no entanto, por ausência de disposição legal que permita a recuperação dos valores pagos, os investidores poderão somente solicitar indemnizações.
“Não há propriamente uma figura legal que permita a devolução dos prémios. Os lesados terão de pedir uma indemnização depois de os tribunais decidirem se houve atuação danosa dos gestores”, refere um sócio de um escritório de advogados multinacional consultado pelo semanário.