Salários cresceram este ano... sobretudo nos cargos de direção

Em 2014 registou-se um aumento real dos salários pagos na maior parte das categorias profissionais em Portugal, com maior relevância nos cargos de direção e administração, que variou entre os 1,64% e os 3,31%, divulgou hoje a consultora Mercer.

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© Reuters

Lusa
04/09/2014 07:20 ‧ 04/09/2014 por Lusa

Economia

Estudo

De acordo com o estudo Total Compensation Portugal 2014, realizado pela consultora Mercer, este ano registou-se "um aumento real dos salários efetivamente pagos na maior parte dos grupos funcionais", entre os 1,18% e 1,56%.

"As funções de Direção Geral/Administração e Diretores de 1ª Linha obtiveram a maior variação salarial (3,31% e 1,64% respetivamente)", refere o estudo.

De fora ficaram as funções de Comerciais/Vendas e Operários, cujos salários foram reduzidos em 0,14% e 1,41%, respetivamente. Esta situação é justificada com a entrada de novos trabalhadores para estas funções, com níveis salarias mais baixos.

Para fazer este estudo a Mercer analisou 106.445 postos de trabalho, em 302 empresas presentes no mercado português.

Pela primeira vez a Mercer analisou os níveis salariais dos recém licenciados, verificando que o salário base anual destes trabalhadores, no seu primeiro emprego, situa-se maioritariamente entre 12.600 euros e os 18.075 euros.

O crescimento salarial verificado em 2014 foi superior ao observado em 2013 (entre 1,09 e 1,24%) e a perspetiva para 2015 é de que esse crescimento varie entre 1,23% e 1,40%.

De acordo com o estudo, os aumentos salariais dependem dos resultados das empresas, dos resultados individuais do trabalhador, da equidade interna, dos acordos coletivos de trabalho, e da antiguidade, entre outros fatores.

Das empresas analisadas, 95% atribuem um bónus anual a todos os trabalhadores e 55% um bónus de incentivo de vendas aos trabalhadores da área comercial, com periodicidade mensal ou trimestral.

Cerca de 38% das empresas participantes no estudo atribuem aos seus trabalhadores um complemento de subsídio de doença, que pode ir até aos 35% do salário base, e que é atribuído em situações de baixas por doença.

A maioria das empresas (90%) conta atualmente com um seguro de saúde para os trabalhadores, beneficiando estes de cuidados médicos e hospitalares.

Mais de metade das empresas analisadas (56%) concede aos trabalhadores mais dias de férias que os estipulados por lei.

Este ano o número de empresas que prevê aumentar o seu efetivo de trabalhadores (19%) é maior do que o número de empresas que prevê reduzir (8%).

Mas a maioria das empresas (73%) prevê manter o seu pessoal em 2014.

Das 302 empresas que constituíram a amostra para o estudo da Mercer, 60% são multinacionais, 39% são empresas nacionais privadas e 1% são empresas nacionais públicas.

Foram analisadas pequenas, médias e grandes empresas de vários setores de atividade, nomeadamente, de serviços gerais (29%), de bens de consumo (16%), industrias diversificadas (16%), tecnologia e telecomunicações (10%), serviços financeiros (9%) e grande distribuição (8%).

 

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