O ciclo económico tem dado sinais de melhoria, mas esses sinais não são, ainda, suficientes para que o Governo se comprometa com uma redução da carga fiscal.
O assunto foi, uma vez mais, tema de conversa, desta vez com o ministro da Economia, que deu uma entrevista ao Diário Económico, deixando claro que há “limitações”.
E essas limitações, garante, são, “em parte, consequência dos sucessivos chumbos do Tribunal Constitucional às medidas de redução da despesa”, sendo que se tal não se tivesse registado “o Governo estaria em condições de eliminar num ano a sobretaxa de IRS”. Mas isso não é tudo. Uma parte é explicada, também, pela derrapagem da despesa dos ministérios, cujos cálculos já foram conhecidos.
Ainda assim, Portugal tem metas a cumprir, que dizem respeito ao défice e que merecem ser assunto de “debate em Conselho de Ministros”, como o próprio governante assume.
“A meta que está formalizada com a União Europeia é 2,5% [em 2015]. Este esforço tem de ser feito através da contenção da despesa” e da “consolidação orçamental”, afirma, traçando aquelas que considera ser as prioridades: “continuar o trajeto de reforma do IRC (…) e debater a reforma do IRS”.
“Todos temos consciência que quem vive do seu trabalho paga um nível de impostos enorme, mesmo para rendimentos medianos. Seria desejável que a reforma do IRS se iniciasse em 2015”, vinca.