A informação consta de um estudo do Ministério dos Transportes de Angola a que a Lusa teve hoje acesso e prevê um horizonte temporal de dez anos para a concretização deste investimento.
A futura Rede Nacional de Plataformas Logísticas, avaliada em 3,9 mil milhões de dólares (três mil milhões de euros) envolverá cinco polos logísticos, dez centros de transportes rodoviários e ferroviários e cinco centros de carga aérea entre outras infraestruturas de apoio na área das mercadorias e logística.
O projeto já está em curso e envolve nesta fase a aquisição dos terrenos necessários nas várias províncias, decorrendo em paralelo a elaboração dos respetivos estudos técnicos, de impacto ambiental e de viabilidade económica.
Mais adiantadas, já em fase de construção, estão as plataformas das províncias de Malanje, Moxico, Cuando Cubango e Huíla, além do centro logístico do Soyo (província do Zaire).
Está ainda prevista a interligação entre estas plataformas e a rede ferroviária nacional, com base nas linhas de Luanda, Benguela e Namibe, abrangendo os territórios de maior atividade industrial, mineira e agrícola, para escoar as mercadorias e otimizar a produção nacional.
Estas infraestruturas estão classificadas conforme a relevância no contexto regional, nacional e continental, tendo em conta a prevista interligação com as redes de transportes (terrestres e marítimos) de países vizinhos, a norte, no interior e a sul.
Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana mas o Executivo tem em curso um programa para diversificar a economia, que fora do setor petrolífero vale atualmente cerca de um quarto das receitas fiscais nacionais.