O Movimento de Pequenos Acionistas do BES fala em “onda de pressões” no sentido de se contratar a Sociedade de Advogados Miguel Reis “sem que tenham também o cuidado de apresentar quaisquer outras propostas.
A acusação terá surgido no Facebook, com o Movimento de Pequenos Acionistas do BES a garantir ao Diário Económico que a alegada pressão não está a ser exercida pela Miguel Reis & Associados, mas sim por outros acionistas do BES, que supostamente já estariam a ser representados por esta firma de advogados.
Ao mesmo jornal, o advogado Miguel Reis negou também qualquer pressão, adiantando que se recusa a “assinar qualquer contrato com quem se sinta pressionado”.
Na sua resposta no Facebook, o advogado foi perentório: “porque não exercemos nenhuma pressão sobre ninguém nem prestamos serviços a ninguém que não nos tenha outorgado procuração, vamos apresentar queixa criminal contra os autores destas afirmações”, escreveu, acrescentando ainda em tom de provocação “não sejam cobardolas”.
No comunicado onde criticavam as pressões, o Movimento adiantava ainda que a proposta do escritório de Miguel Reis era “a mais onerosa”, acrescentando os detalhes: “além de 50€ de inscrição para cada acionista, mais 10% sobre o valor de quaisquer compensações obtidas, acresce ainda mais 1 cêntimo por ação.
Na perspetiva do Movimento este último ponto – 1 cêntimo por ação – cria uma situação injusta, já que se pode dar o caso de se ter em conta apenas o número de ações e não o valor investido – isto quando alguns poderão ter pago um euro por ação, por exemplo, enquanto outros pagaram apenas 10 cêntimos.