A partir de amanhã não se admire se lhe derem de troco ou se levantar no multibanco uma nota de dez mais pequena e com um design diferente da que está habituado a ver desde a entrada em vigor do euro.
Esta terça-feira entrará em circulação uma nota de 10 euros. “É essencial que todos os que utilizam notas de euro possam continuar a fazê-lo com total confiança. É por esta razão que está a ser introduzida a série ‘Europa’”, declarou Yves Mersch, membro da Comissão Executiva do BCE responsável no domínio das notas de banco.
Tal como a de 5 euros, a nova nota de 10 da série ‘Europa’ apresenta vários elementos de segurança melhorados, bem como uma aparência renovada. No site ‘A Nossa Moeda’ pode ler-se que “no holograma e na marca de água”, a nova nota “inclui um retrato de Europa, uma figura mitológica grega. Exibe também um ‘número esmeralda’. Quando se inclina a nota, o número brilhante apresenta um efeito luminoso de movimento ascendente e descendente e muda de cor, passando de verde-esmeralda a azul-escuro. Com estes e outros elementos de segurança, a nova nota de 10 euros é muito fácil de verificar através do método ‘tocar, observar e inclinar’”.
O Banco Central Europeu (BCE) recebeu a confirmação dos bancos centrais nacionais dos países da moeda única de que “fizeram tudo o que seria razoável esperar no âmbito da sua capacidade” para facilitar “a adaptação dos dispositivos de autenticação e máquinas de tratamento de notas, nos respetivos países, com vista a aceitarem as novas notas”.
Mas o Banco de Portugal (BdP) admite que, numa fase inicial, nem todos os equipamentos de pagamento estejam aptos, tal como sucedeu com as novas notas de 5 euros. “Não podemos garantir que todos os equipamentos estejam aptos a aceitar a nova nota de 10 euros já a partir de amanhã”, afirmou o administrador do BdP, João Amaral Tomaz, durante a conferência de imprensa da apresentação da nova nota, cita a agência Lusa.
No mesmo sentido, Pedro Marques, diretor adjunto do departamento de emissão e tesouraria do BdP, acrescenta que “o problema é que os equipamentos [de pagamento] são dos comerciantes ou das empresas que têm parques de estacionamento”, pelo que o regulador “não pode obrigar a que tenham máquinas de ‘vending’”.