Apesar de o memorando de entendimento com a troika terminar em 2014, a austeridade promete manter-se. O Diário Económico revela hoje que o Governo vai continuar a adoptar medidas adicionais de consolidação orçamental em 2015.
Um documento interno do Executivo sobre a sexta avaliação da troika, a que o jornal teve acesso, indica que a diferença entre as previsões das Finanças e da troika para 2015 e 2016, deve-se ao facto de o Governo assumir o cumprimento das regras europeias, “o qual implica a adopção de medidas de consolidação adicionais em 2015”, para ser alcançado o objectivo de médio prazo para o saldo estrutural.
Estas medidas vão passar pela reforma do Estado e, consequente, redução permanente da despesa em mais de quatro mil milhões de euros, em áreas como a Saúde e Educação.
Só em relação aos custos com pessoal, o Governo espera reduzir entre 2013 e 2014 cerca de mil milhões de euros, mesmo com a devolução de um dos subsídios. Já com a contenção nas prestações sociais, está prevista uma poupança de 500 milhões de euros, nos próximos dois anos.
O restante será, como já anunciado pelo próprio primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, compensado com cortes na Saúde e Educação, desconhecendo-se especificamente onde e como.