Em comunicado, a direção do sindicato argumenta que "uma empresa de interesse privado não pode servir de desculpa em momento extremanente delicado para uma empresa tão importante para Portugal e para o futuro de milhares de trabalhadores e das suas famílias que dela dependem".
Para o sindicato, "as boas relações que Portugal mantém com o Brasil permite e legitimam o Governo para, no mínimo, junto dos representantes do Estado no Brasil, um dos principais acionistas, tentar sensibilizar para a importância para o Brasil e para a Portugal da continuidade do projeto de fusão entre a Oi e PT".
Esta posição surge na sequência da saída de Zeinal Bava da presidência da Oi e da intenção do grupo francês, Altice, dono da Cabovisão e Oni, em comprar a PT Portugal.
"Se tal não acontecer, o Governo terá de tudo fazer para assegurar a continuidade da PT Portugal com base numa estratégia que salvaguarde a competência técnica e humana atualmente existente na empresa", pelo que se o primeiro-ministro atuar, este e o Governo "tornam-se cúmplices de um 'atentado" contra a modernização e desenvolvimento na área das telecomuunicações, prejudicando milhares de trabalhadores e técnicos de grande talento, prejudicando centenas de Pequenas e Médias Empresas que trabalham para a PT e perdendo novos investimentos", referem.
Lembram ainda que "contrariando a tese de 'não envolvimento' do primeiro-ministro", o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, recebeu a Altice, "dizendo que Portugal 'apoia os bons investimentos'".