Ainda que já tenham pago o empréstimo na totalidade, vários clientes do Novo Banco não estão a conseguir cancelar a hipoteca das suas casas, reporta a TSF.
O problema surgiu após um parecer do Instituto dos Registos e do Notariado (IRN), emitido a 8 de outubro, com a indicação de que o Novo Banco não pode emitir um documento a garantir o fim das hipotecas das casas compradas através de um empréstimo do antigo Banco Espírito Santo (BES).
O documento que a instituição bancária emite não é, portanto, aceite pelas conservatórias de registo predial, que exigem um papel que ainda não existe.
“É uma profunda injustiça, pois estamos perante pessoas que continuaram a pagar as mensalidades ao Novo Banco e agora as conservatórias não aceitam um documento desse mesmo banco a dizer que a dívida deixou de existir”, lamentou, em declarações à TSF, o antigo bastonário da Ordem dos Notários, Joaquim Barata Lopes.
Contactada pela mesma rádio, fonte do Novo Banco garantiu que o documento onde constam as listas de ativos que foram transferidos para o Novo Banco e aqueles que ficaram no BES está a ser ultimado, para depois ser aprovado pelo Banco de Portugal, pelo que o problema deve ficar resolvido em breve.