"Idanha-a-Nova tem mais de 30% de toda a área plantada [de figo da índia] no país e para a nossa Incubadora de Empresas de Base Rural está projetada uma área total de plantação de 70 hectares", disse o autarca à agência Lusa.
Armindo Jacinto explicou que neste momento já se encontram plantados 50% desses 70 hectares, cuja área pode ainda vir a sofrer um aumento, visto que as "poucas terras disponíveis na incubadora têm apetência para esta cultura".
O município de Idanha-a-Nova está também a estender este tipo de cultura às restantes áreas do concelho e está a dinamizar uma associação para esta cultura e respetivos subprodutos.
O autarca destaca o elevado potencial económico do figo da índia, um produto cuja aplicação vai desde a alimentação até às indústrias farmacêuticas e de perfumaria.
"Trata-se de uma cultura que tem uma grande utilização e onde tudo é aproveitado, desde o fruto até à própria planta", adiantou.
Armindo Jacinto sublinhou ainda que a autarquia está empenhada e a desenvolver todos os esforços no sentido de criar uma fileira em Idanha-a-Nova que, juntamente com as restantes áreas plantadas, "possa ser significativa no país".
"Queremos fazer a diferenciação de uma cultura que possa ter efeitos positivos para a economia local", concluiu.
Idanha-a-Nova foi recentemente palco de umas jornadas ibéricas sobre a cultura do figo da índia, um encontro inédito dedicado a esta cultura com crescente interesse agrícola e económico e que juntou mais de 150 investigadores, agricultores e empresários.