O primeiro-ministro fez esta afirmação a propósito da primeira missão da 'troika' - Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional - em Portugal após a conclusão do programa de resgate, que referiu não ser para nenhuma "avaliação", mas sim para "uma monitorização" da situação económica e financeira do país por parte dos seus credores.
"A situação de insolvência em que caiu o Grupo Espírito Santo, e o impacto que isso terá, com certeza, em termos microeconómicos, seria tudo menos desejado por alguém em Portugal, e com certeza que isso tem consequências negativas, que nós não sabemos quantificar. É muito difícil ter uma perspetiva precisa de qual será o impacto que isso vai ter na nossa economia, mas bom não é", declarou Passos Coelho aos jornalistas, na Madalena do Pico, nos Açores, onde se encontra em visita oficial.
Antes, o primeiro-ministro voltou a defender que "a resolução do Banco Espírito Santo" - frisando que "não foi falência, foi resolução" - constituiu "a solução que mais protegeu os contribuintes portugueses" e "que permitirá assegurar melhor a estabilidade do sistema financeiro em Portugal".
Ainda relativamente à missão da 'troika' em Portugal, o chefe do executivo PSD/CDS-PP considerou: "O que até hoje tem acontecido é, do ponto de vista geral, um reconhecimento de que Portugal foi bem-sucedido na conclusão do programa [de resgate] e tem, evidentemente, um caminho ainda longo para fazer de recuperação de declínio da dívida pública e de dinamização do potencial de crescimento da economia - mas nós estamos a fazer esse caminho".