ACP acusa Governo de aumento "brutal" nos combustíveis em 2015
O ACP-Automóvel Club de Portugal acusou hoje o Governo de ser responsável por um "brutal aumento dos combustíveis para 2015", afirmando que é um sinal de ignorância sobre a realidade do país.
© Lusa
Economia Fiscalidade
"O brutal aumento dos combustíveis para 2015 mostra o desprezo e a falta de conhecimento do país em que vive o Governo e em particular o ministro do Ambiente", afirma o ACP em comunicado.
De acordo com as contas divulgadas por esta entidade, uma das parcelas do aumento deve-se à contribuição de serviço rodoviário prevista no Orçamento do Estado para o próximo ano, que será de cerca de 2,46 cêntimos por litro incluindo o IVA.
Outra parte da subida do custo dos combustíveis, acrescenta o ACP, está relacionada com a taxa de carbono incluída nas medidas da Fiscalidade Verde, que deverá representar 1,5 cêntimos por cada litro.
Por último, "a estimativa prevista em relação aos biocombustíveis deverá rondar 1,5 a dois cêntimos na gasolina e 1,5 cêntimos no gasóleo", indica a estrutura liderada por Carlos Barbosa.
"Contas feitas, facilmente se conclui que os automobilistas serão novamente esmagados pelos impostos, mas todos os contribuintes vão sofrer indiretamente com este disparo de preço nos combustíveis", sublinha o mesmo comunicado, acrescentando que "o ministro não vive seguramente em Portugal e desconhece o país que governa".
O ACP chama ainda a atenção para as políticas seguidas em Espanha no que diz respeito aos combustíveis, onde "não só a tributação é significativamente inferior à nossa, como se suspendeu o aumento da proporção de biocombustíveis no gasóleo".
No início desta semana, tanto a Galp como a Apetro-Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas apresentaram publicamente as mesmas contas, afirmando que os combustíveis vão aumentar entre cinco e seis cêntimos em 2015 devido às medidas do Governo.
Já o ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, reagiu a essas afirmações dizendo que "alguém anda a utilizar a fiscalidade verde como um pretexto para antecipar eventuais aumentos que não têm adesão à realidade".
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