Dado o ambiente de crise que ainda vivemos, com a economia a dar tímidos avanços na recuperação, é importante saber o que se pode fazer para conseguir poupar alguns trocos ao final do mês. Muito ou pouco, o importante é criar um hábito de poupança.
Por isso, e tendo em conta que hoje é o Dia Mundial da Poupança, o Jornal de Negócios conversou com o economista da Proteste Investe, António Ribeiro, e delineou um plano com seis passos para poupar e para fazer render as poupanças.
Saber quanto gasta e onde gasta
Para começar a trilhar o caminho da poupança é preciso, antes de tudo, saber onde está a gastar o seu dinheiro. Para isso, aconselha o Negócios, é importante que faça o seu próprio orçamento no qual identifique as despesas que tem ao longo de um mês. Seja em comida, contas da casa, roupa ou medicamentos, é importante que escreva num documento todas as suas despesas. Depois é só analisá-las para perceber quais são aquelas em que pode cortar.
O que fazer com o dinheiro poupado
Aqui o fator psicológico é quase tão importante como o monetário. Certamente há sonhos que ainda não concretizou por falta de condições económicas. Pois bem. Pense bem no que quer e defina metas. Se atribuir um fim ao dinheiro poupado sentir-se-á mais motivado a poupar.
Poupanças e investimentos: Informe-se
É de extrema importância que esteja bem informado quando decidir pegar nas suas poupanças e aplicá-las em planos ou investimentos. O Negócios lembra que em 2011 foi criado o Plano Nacional de Formação Financeira onde, através do site, os consumidores podem esclarecer as suas dúvidas relativamente a aplicações financeiras ou planos de poupança.
Diversificar investimentos. Diminuir riscos
Primeiro deve conhecer as características das aplicações onde pretende investir o seu dinheiro, não se esquecendo, claro, de avaliar os riscos que as mesmas comportam. É importante que consiga perceber a diferença entre uma e outra aplicação para, assim, escolher aquela que lhe é mais favorável. Agora que já está a par dos riscos, saiba que não deve aplicar todo o dinheiro da sua poupança numa só aplicação.
“Ao colocar todas as suas poupanças num só produto, pode perder tudo aquilo que tiver investido”, explicou António Ribeiro ao Jornal de Negócios.
Saiba qual é o seu perfil
É importante que o consumidor tenha noção daquele que é o seu perfil de investidor. E este perfil depende de variáveis como a necessidade das poupanças, a disponibilidade do consumidor para assumir perder e ainda o grau de conhecimento do investidor sobre os produtos financeiros.
“Os bancos são obrigados a estabelecer e a classificar os clientes em vários perfis”, sublinha o economista.
Não se distraia
Apesar de já ter conseguido colocar um dinheiro de parte e de este já estar aplicado em planos de poupança e investimento não se deixe relaxar, pelo menos, não totalmente. Continue atento aos produtos financeiros que o mercado tem para oferecer.