Por região, as cidades da Madeira e Algarve registam a maior proporção de emprego no setor terciário (com 85% e 84%, respetivamente), enquanto no Norte (74%) e Centro (76%) a proporção da população empregada no comércio e serviços residente em cidades é inferior à média nacional.
Por localidade, o setor terciário tem mais expressão em Lisboa (89% da população empregada no comércio e serviços), Faro (88%), Caniço, Funchal e Coimbra (87%) e Odivelas, Albufeira, Beja e Miranda do Douro (86%).
Por ramos de atividade, o comércio por grosso e a retalho e a reparação de veículos automóveis e motociclos representam mais de um quinto (22 por cento) do emprego nas cidades, ligeiramente inferior aos dados registados no conjunto do país.
Já os setores da Educação (13,5%) e das atividades de saúde humana e apoio social (12%) são mais elevados nas cidades do que no resto do país.
O relatório "Cidades Portuguesas: Um Retrato Estatístico", com dados relativos a 2011 e hoje divulgado aborda também os movimentos da população residente para trabalhar ou estudar (denominados "pendulares"), concluindo que cerca de 28 por cento dos residentes nas cidades se deslocam para outro município, valor ligeiramente inferior ao total nacional (29%).
De acordo com o INE, mais de metade da população residente em cidades das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto desloca-se para trabalhar ou estudar noutro concelho: estão nesse lote as cidades de Odivelas (58,2 por cento), Rio Tinto (58,1) Póvoa de Santa Iria (57,7), Amadora (54,8), Sacavém (53,2), São Mamede de Infesta (50,9) e Loures (50,1).
No entanto, a cidade com mais residentes que se deslocam para trabalhar ou estudar é o Caniço (Madeira), com 62 por cento, quase dois terços da população.
Ainda de acordo com os dados do INE, em 2011 cerca de 20 por cento da população empregada ou estudante residente nas cidades portuguesas deslocava-se a pé para o local de trabalho ou de estudo, percentagem superior à registada no total do país (16%).
A percentagem é idêntica à dos utilizadores de transportes coletivos (20%), com maior expressão nas cidades da região de Lisboa e da Madeira e menor no Centro do país (9%), Algarve (8%) e Alentejo (7%).
Segundo o INE, os trabalhadores ou estudantes residentes nas cidades portuguesas demoravam, em 2011, em média, 20 minutos a chegar ao local de trabalho ou estudo, embora a região de Lisboa seja a única em que as deslocações "ultrapassava o valor médio" das cidades portuguesas, com a população empregada do Barreiro (33 minutos) e Costa da Caparica. Amora e Agualva-Cacém (30 minutos) a ter de suportar as deslocações mais morosas.