"Em janeiro de 2013 o número de desempregados envolvidos neste tipo de situação era de 78 mil, em abril de 2014 são já 170 mil. Se esta evolução, se estes números fossem considerados no cálculo da taxa de desemprego essa taxa seria de 18,2%, em abril, primeiro trimestre de 2014, e não os 14% que era nessa data", afirmou João Semedo, em conferência de imprensa na sede bloquista de Lisboa.
O documento do BE, a ser entregue na Assembleia da República, recomenda ao Governo da maioria PSD/CDS-PP uma auditoria do TdC "aos apoios à contratação" e às "medidas de trabalho socialmente necessário - contratos de emprego inserção (CEI, CEI+ e CEI Património)".
"Na vida política portuguesa há um mistério, nos números do emprego e do desemprego. O Governo fala todos os dias na redução do número de desempregados. Se fosse verdade o que o Governo diz, tinhamos que verificar o crescimento, em correspondência, do emprego. Baixa o desemprego, mas não vemos o emprego a crescer", afirmou o deputado bloquista.
Segundo João Semedo, "em 2014, um total de 88 mil desempregados que sairam das contas do desemprego, o que tem custado ao Estado 96 milhões de euros".
"A explicação é a criação de milhares e milhares de falsos empregos, de desempregados com uma ocupação, financiados pelo Estado, colocados em empresas, nas autarquias, na administração central, nas Instituições Particulares de Solidariedade Social", concluiu.