Cada professor pode valer 13.600 euros às autarquias segundo uma proposta lançada às autarquias pelo ministro da Educação, Nuno Crato. "A cláusula de eficiência" prevê que seja feito um corte, mas não em relação aos professores excedentários e sim àqueles que, à partida, se estimava serem necessários para as escolas.
A Federação Nacional dos professores (Fenprof) revelou este valor numa conferência de imprensa, em que foi explicado que este valor representa metade do custo anual do docente.
Esta “cláusula de eficiência” prevê o abatimento de professores até que “o diferencial não ultrapasse os 5% dos docentes que se estima como referência”. “Um município que tenha 1.600 professores, poderá eliminar 80, o que dá 1,87 milhões de euros de contrapartida”, explicou Anabela Delgado da Fenprof.
Já o líder da organização sindical, Mário Nogueira, equiparou a cláusula com o “coeficiente de eficiência relativo ao pessoal docente” a um “filme de John Wayne” em que, “depois de um assalto, se discute a divisão: metade para ti e metade para ti”.
O gabinete de Educação explicou ao Jornal Diário de Notícias que “a gestão de recursos estará no âmbito da autonomia própria a esses projetos, e o valor de contrapartida permitirá aos municípios reforçar outros recursos que considere necessários, como psicólogos”.