“As pessoas têm que se habituar a poupar, todos os meses, 30 a 50 euros para se prepararem para o futuro”, afirmou José Quintero, administrador da Fidelidade, acrescentando que também tem que ser desenvolvido “um modelo em que as empresas contribuem com um valor e os trabalhadores com outro, sobretudo para poupar para a reforma, para a invalidez”.
O responsável pelo pelouro de marketing da seguradora falava da maior procura pelos seguros de vida por parte dos portugueses e sublinhou a urgência em planear as reformas independentemente da Segurança Social.
“Em Portugal, estamos um pouco à espera da Segurança Social, mas já sabemos que esse modelo não é sustentável e, por conseguinte, temos que procurar uma poupança privada complementar”, sustentou, adiantando que as pessoas não podem passar do mercado de trabalho para a reforma com uma quebra de rendimentos na ordem dos 60%.
Quintero acredita ainda que “faz falta alguma reforma fiscal no sentido de favorecer as poupanças a 20/30 anos e garantir que não se mudam as regras do jogo todos os anos, pois não é compatível com poupar a 20 ou 30 anos”.
A nova proposta de reforma do IRS entregue em Outubro na Assembleia da República contempla incentivos fiscais à poupança de longo prazo, mas entre cinco a oito anos, mas o administrador considera que “é um limite que não é suficiente”.