“O setor [da construção] representava 11,9% do PIB e agora representa cerca de 6%, representava 7,2% do emprego e hoje representa 4,3%”, começa por analisar António Mota, quando questionado pelo Dinheiro Vivo sobre o facto de o negócio da construção em Portugal estar a morrer.
Para o chairman da Mota-Engil “não há nada que resista a isto” e que o negócio “nunca retomará”.
O empresário revela que a culpa desta situação é da crise e considera que não se pode considerar que houve grandes excessos, até porque aqueles que “dizem hoje que houve excesso de investimento em obras eram os mesmos que diziam que o país não andava para a frente porque não tinha infraestruturas”.
Outro dos motivos que originou esta situação, segundo a sua opinião, é o facto de “um conjunto de empresários terem andado sempre de costas voltadas” impossibilitando a fusão de empresas de modo a que estas ganhassem uma “dimensão internacional”.
Ciente de que neste momento “não há mercado para a construção em Portugal”, António Mota espera “que haja uma molinha lá no fundo que quando bater aquilo comece a subir, mas ou a mola está partida ou aquilo bate na mola e continua a ir abaixo”, refere.