Em 2013, os 28 países da União Europeia gastaram 273,5 mil milhões de euros em I&D, fazendo com que as despesas em I&D em percentagem do PIB atingissem 2,02% da riqueza produzida.
Em Portugal, segundo os mesmos dados, foram investidos 2.322 milhões de euros em I&D, o equivalente a 1,36% do PIB, segundo o Eurostat, o que coloca o país no meio da tabela quanto aos gastos de I&D por estados-membros.
Em 2004, ainda de acordo com a comparação feita pelo Eurostat, Portugal tinha despendido 1.110 milhões de euros em I&D, ou seja, 0,73% do PIB, pelo que em nove anos duplicou o investimento nesta área.
Quanto a quem assume o investimento em I&D, em Portugal, 47% foi assegurado pelas empresas, 38% pelo ensino superior, 6% pelo setor das administrações públicas e 9% por organizações privadas não lucrativas.
Já no total dos 28 países, dos 273,5 mil milhões de euros investidos em I&D, a maior parte veio do setor empresarial, que contribuiu para 64% do investimento. Quanto aos restantes gastos, 23% foram assegurados pelo ensino superior, 12% pelas administrações públicas e apenas 1% pelas organizações privadas não lucrativas.
A percentagem do PIB europeu gasto em I&D -- apesar do aumento em relação a 2004, de 1,76% para 2,02% - ainda fica abaixo do que se passa em algumas das maiores economias mundiais, como Coreia do Sul (4,04% em 2011), Japão (3,38% em 2011) e Estados Unidos (1,81% em 2011), e acima do investido na China (1,98% em 2012) e Rússia (1,11%).
Um dos objetivos da Estratégia Europa 2020 passa por aumentar para 3% do PIB da UE o investimento (público e privado) em I&D e inovação.
Na UE, no topo dos países com mais investimento em I&D estavam, em 2013, os nórdicos, com a Finlândia a liderar (3,32%), seguida de Suécia (3,21%) e da Dinamarca (3,05%), que gastavam mais de 3% do PIB. Seguiam-se na lista Alemanha e Áustria, com 2,94% e 2,81%, respetivamente.
Já com investimento em I&D inferior a 1% do PIB estavam, em 2013, Roménia (0,39%), Chipre (0,48%), Letónia (0,60%), Bulgária (0,65%), Grécia (0,78%), Croácia (0,81%), Eslováquia (0,83%), Malta (0,85%), Polónia (0,87%) e Lituânia (0,95%).
A pasta da Investigação, Ciência e Inovação, na nova Comissão Europeia, é liderada pelo português Carlos Moedas, que assumiu o cargo no início deste mês.