Está desempregado e vai a uma entrevista de emprego? Ou, apesar de estar empregado, vai também a uma entrevista de emprego? Em qualquer dos casos é importante reter esta informação: o salário só se discute no final da conversa.
A opinião em jeito de conselho é dada ao Diário de Notícias por especialistas em recursos humanos. Silva Nunes, executive manager da Page Personnel, refere que o entrevistado “deve esperar que seja a companhia a tocar nesse assunto” que só deverá surgir no final da reunião.
O responsável explica ainda que “se uma pessoa tem trabalho e vão tentar contratá-la, torna-se mais cara”.
“Esse candidato tem maior poder de negociação”, aponta. No entanto, refere que os desempregados “estão mais vulneráveis e, embora possam ter poder de negociação, não têm a mesma confiança”.
O vice-presidente da Associação Portuguesa de Gestão de Pessoas diz ainda que o importante é “saber se a proposta é interessante em termos de percurso e carreira profissional”, pois, como sublinha, “por vezes a remuneração não é o mais importante”.
E mais. Se começar a falar muito cedo sobre aquela que será a sua remuneração vai passar a imagem de que a sua motivação se prende exclusivamente ao dinheiro.
“A negociação deve ser feita numa base de contrapartida: se der um contributo à empresa, é expectável que ela me possa retribuir”, conclui o responsável.