Educação pode vir a valer mais do que vinho e cortiça

Um estudo recente, realizado na América do Norte, conclui que o sector da Educação pode produzir mais riqueza para o país do que indústrias tradicionais como a do vinho e da cortiça, dá conta o Jornal de Notícias deste domingo.

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Notícias Ao Minuto
14/12/2014 08:45 ‧ 14/12/2014 por Notícias Ao Minuto

Economia

Estudo

Formar alunos de outros países poderá ser um modelo de negócio a explorar no futuro. Segundo dá conta o Jornal de Notícias, citando um estudo americano, o setor da educação pode valer 1,4 mil milhões de euros. Ou seja, os alunos estrangeiros podem valer mais que as exportações de vinho e cortiça.

A conclusão é da consultora McKinsey, esperando os responsáveis desta empresa que, em 2020, o país tenha conseguido com a formação académica faturar o dobro do conseguido com vendas de setores tradicionais.

Ouvidos pelo JN, reitores portugueses acreditam que pode haver algum exagero nos números, contudo dizem que esta é uma área com “enorme potencial”.

Na Universidade de Coimbra, desde março, com a introdução do Estatuto do Aluno Internacional, o número de estrangeiros a estudar na instituição aumentou. “Há 150 alunos estrangeiros que vão valer à instituição um milhão de euros por ano”, explica João Gabriel Silva, reitor da universidade.

Com esta alteração no estatuto dos alunos, todos os estudantes não pertencentes à União Europeia passam a pagar seis ou sete mil euros de propinas anuais. “Com o montante conseguido através do Estatuto, a nossa expetativa é conseguirmos estabilizar as contas e compensar o corte orçamental, que será de 1,5% em 2015”, explica João Gabriel ao mesmo jornal.

Esta opinião sobre o potencial do setor é partilhada por António Cunha, presidente do Conselho de Reitores e reitor da Universidade do Minho. “Portugal tem aqui uma oportunidade, mas é preciso fazer pelo reconhecimento das nossas universidades junto da opinião pública”, concluiu.

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