Dá conta o Jornal de Notícias (JN) desta sexta-feira que, em 2014, 70% das insolvências registadas pertenceram a particulares. Esta é uma tendência que se tem agudizado nos últimos quatro anos.
Em 2011,por exemplo, explica o JN citando dados do Ministério da Justiça, foram decretadas pelos tribunais judiciais de 1ª instância 5.663 insolvências, um número que cresceu para os 9256 no ano seguinte. Em 2013, passou-se a fasquia dos 10 mil casos e só no primeiro semestre de 2014 o número ascendia a 5.598.
Este crescimento faz com que os valores ganhem relevância face às insolvências registadas de empresas. Em 2011, a rutura financeira individual representava 54,3% do total de processos neste âmbito. Hoje, explica o JN este valor é já de 70%.
Recuando a 2007, a estatística torna-se ainda mais assustadora, uma vez que as empresas contabilizavam 79,5% dos processos de insolvência, um valor bem superior ao dos particulares.
Em termos numéricos, segundo dados do Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado, da Deco, este ano foram mais de 26.855 as famílias a pedir ajuda, tendo sido abertos 2566 processos para restruturação financeira. Ou seja, 24.289 agregados vão apresentar processos de insolvência.