Segundo o Jornal de Notícias, um em cada quatro trabalhadores ao serviço de grandes superfícies comerciais tem um vínculo contratual temporário.
No total, 26,4% dos trabalhadores, ou seja, 98,7 mil dos empregados registados em 2013 estava fora dos quadros da empresa para a qual trabalhava, sendo que 70,7% do total eram mulheres,
Para os sindicatos, o dado não traz qualquer “surpresa”, apesar de ser de lamentar que “nos super e nos hipermercados a precaridade seja exagerada”, comenta, ao JN, Jorge Pinto, coordenador da Direção Regional do Norte do CESP.
“Nem todas as empresas do setor têm a mesma taxa de precariedade, mas é um recurso persistente, sobretudo, por ocasião dos picos de venda, uma situação contra a qual temos vindo a lutar”, explica.
O setor do comércio, apesar de ter perdido de 2012 para 2013 cerca de 20 mil trabalhadores, viu ainda assim o seu volume de negócios aumentar, resultado que o sindicalista explica pelo facto de existirem “fortes campanhas para fidelizar clientes, com cartões e descontos”.