O orçamento da Câmara de Almada para este ano foi aprovado com votos favoráveis da CDU, votos contra do PSD e as abstenções dos restantes partidos representados na Assembleia Municipal - PS, CDS, BE e PAN.
O documento da autarquia, no distrito de Setúbal, apresenta um valor inferior em relação ao orçamento do ano passado, que foi de 114 milhões de euros e que teve uma taxa de execução de 90%, mas, segundo o executivo, deverá ter um aumento significativo, de 38,5 milhões de euros, no segundo trimestre deste ano, dado que deverá ser acrescido do saldo de 2014, no valor de 38,5 milhões de euros.
"O nosso saldo de 2014 deverá ser de 38,5 milhões de euros, mas só podemos incorporar esse valor no orçamento de 2015 depois de aprovadas as contas, o que deverá acontecer no mês de março", justificou o presidente da Câmara de Almada, Joaquim Judas (CDU).
A reposição das dunas de areia, na frente atlântica, e a promoção turística da Costa da Caparica são prioridades do executivo contemplados no documento, apresentado hoje pela maioria CDU num hotel da Costa da Caparica.
"Em 2015 o município continuará a contribuir para a promoção turística da Costa da Caparica, realizando a segunda edição do Festival `O Sol da Caparica´, em agosto, e com um festival de surf, previsto para março/abril", disse Joaquim Judas.
A conclusão das obras nas Estações de Tratamento de Águas Residuais da Quinta da Bomba e do Valdeão, na estação elevatória do Torrão e na estação e emissário da Foz do Rego é outra medida prevista.
O presidente do município assegurou ainda que a autarquia também vai continuar a dar particular atenção às questões sociais, designadamente com um programa de apoio a 200 famílias (cerca de 800 pessoas) que vivem na zona das Terras da Costa em casas abarracadas, facilitando o acesso ao saneamento básico e ao abastecimento de água.
Entre outras medidas de apoio social, a autarquia pretende entregar este ano mais 120 habitações a famílias inscritas no PER (Programa Especial de Realojamento), iniciado em 1993.
Joaquim Judas revelou ainda que a autarquia deverá recorrer ao aluguer de casas a diversas instituições bancárias que serão depois subalugadas, com rendas sociais, a famílias carenciadas do concelho.