"Temos já a circular um diploma legislativo para facilitar a constituição dos mercados de proximidade que depois nos permita utilizar os fundos comunitários e os fundos estruturais para dinamizar, com o apoio do tecido autárquico, mercados de proximidade em que há uma venda direta do produtor ou da sua família para o consumidor", afirmou Assunção Cristas no encerramento das comemorações do Ano Internacional da Agricultura Familiar.
"Quando pensamos em acesso aos mercados pensamos naturalmente não só nos mercados internacionais e nas exportações - e há muita agricultura familiar a trabalhar para o mercado exportador-, não pensamos só no mercado das grandes superfícies (...) mas estamos também a pensar nos mercados de proximidade e nas cadeias curtas de distribuição", salientou a ministra.
A responsável da tutela da Agricultura destacou que existem no país "exemplos extraordinários de modernidade, de inovação, de sofisticação, de capacidade exportadora precisamente na agricultura familiar" e adiantou que esta deve ser encarada como "motor de valorização do território" e "aprofundamento da riqueza e diversidade do país".
Assunção Cristas lembrou que a agricultura familiar representa a maior parte da agricultura praticada no país e que "não se opõe a uma arquitetura sofisticada, moderna ou inovadora, mas que é complemento de outros modelos de agricultura dita mais empresarial".
A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o ano de 2014 como o Ano Internacional da Agricultura Familiar, apontando o seu papel na erradicação da fome e pobreza, no fornecimento de alimentos, na melhoria das condições de vida, na gestão de recursos naturais, na proteção do meio ambiente e na promoção do desenvolvimento sustentável.