A posição foi assumida pelo governante português durante uma reunião de trabalho com o ministro da Economia de Angola, Abraão Gourgel, no âmbito da visita oficial de dois dias que Rui Machete está a fazer a Luanda.
"Convimos que há muitas oportunidades para que as duas economias se interlacem ainda mais", afirmou Rui Machete, aludindo ao projecto angolano, em curso, de diversificar a economia nacional além do petróleo.
O crude concentra as exportações angolanas e em 2013 garantiu 76% das receitas fiscais do país.
Rui Machete assumiu o interesse de empresas portuguesas que se pretendem internacionalizar para Angola, apoiando a diversificação da economia nacional, existindo a motivação recíproca, para a instalação de empresas angolanas em Portugal.
Ainda na componente empresarial, o ministro português anunciou hoje, em conjunto com o homólogo angolano, Georges Chikoti, a criação de um observatório comum aos dois países, bem como um fórum de empresas bilateral, a realizar em Luanda até abril.
Também foi anunciado que os dois países estão a estudar mecanismos para facilitar a emissão recíproca de vistos em passaportes para empresários.
Segundo dados do Governo português, mais de 8.800 empresas nacionais trabalham para o mercado angolano e as trocas comerciais entre os dois países atingiram em 2013 um valor máximo de 7.500 milhões de euros.
Neste primeiro de dois dias de visita a Angola, em que o ministro português foi também recebido pelo Presidente da República, José Eduardo dos Santos, Rui Machete reuniu-se ainda com o ministro do Ensino Superior, Adão do Nascimento.
Da reunião saiu o acordo para a realização, este ano, de um encontro de reitores dos dois países e a possibilidade de o Estado português oferecer bolsas de estudo, em universidades nacionais, a estudantes angolanos.
Na agenda do ministro Rui Machete em Luanda constam ainda visitas a empresas portuguesas estabelecidas na capital angolana e encontros com a comunidade portuguesa, na terça-feira.