"Com o desenrolar dos acontecimentos, hoje, na Assembleia da República, o primeiro-ministro de Portugal vem, como não poderia deixar de ser, assumir a reposição da verdade, reclamada por todos", manifestaram os sindicatos, em comunicado conjunto.
O primeiro-ministro revelou hoje que o ministro da Economia, Pires de Lima, lhe pediu para clarificar no parlamento que não haverá "nenhuma discriminação de trabalhadores" na TAP, com o BE a considerar que Passos "tirou o tapete" ao seu governante.
Na quinta-feira, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, disse que enquanto o Estado for acionista ou nos primeiros dois anos e meio após a privatização da TAP, o novo dono está impossibilitado de despedir trabalhadores que estejam associados aos nove sindicatos que chegaram a acordo com o Governo em dezembro.
As posições de Pedro Passos Coelho foram assumidas na parte final do debate quinzenal, na Assembleia da República, depois de a porta-voz do BE (Bloco de Esquerda), Catarina Martins, ter exigido explicações sobre o processo de privatização da companhia aérea nacional.
Em comunicado, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC) realçaram que Passos Coelho lhe deu razão: "Em Portugal não existem trabalhadores de primeira e de segunda".
"A estrutura sindical do grupo TAP entende que Portugal é um Estado de Direito, onde não se pode, independentemente do cargo ou profissão, extrapolar quer a Lei, quer a Constituição da República Portuguesa", acrescentam.