Os trabalhadores do setor privado viram entre 2011 e 2014 o seu rendimento a diminuir 5,7%. Se for considerado ainda o efeito da inflação, o poder de compra baixou 11,6% quando comparado a 2011.
Já para os trabalhadores da Função Pública, a redução foi maior. “Entre 2010 e 2014, como consequência do efeito conjugado do corte das remunerações nominais, do aumento enorme de impostos e dos descontos para a ADSE, o poder de compra reduziu-se em 22,1%”, explica o estudo realizado pelo economista Eugénio Rosa, segundo o Diário de Notícias.
E este ano “o poder de compra destes trabalhadores continuará inferior em 21,4% ao que tinham em 2010”, continua.
Sendo esta uma consequência do programa de ajustamento troika, para o futuro presidente do Conselho Económico e Social, João Proença, esta é uma má política.
“A política dos salários baixos é uma má política, que não fomenta o crescimento económico e que, se os pensionistas forem acrescentados, então ainda aumentam mais as desigualdades no país”, afirma o ex-líder da UGT.