"A parte do património mundial detida por 1% dos mais ricos passou de 44% em 2009 para 48% no ano passado e vai ultrapassar os 50% no próximo ano", afirmou a ONG, citando um estudo.
A organização, cuja diretora-geral Winnie Byanyima vai copresidir ao fórum económico mundial, em Davos (Suíça), exigiu "a realização, este ano, de uma cimeira mundial de fiscalidade para rescrever as regras fiscais internacionais".
"A amplitude das desigualdades mundiais é vertiginosa", denunciou Byanyima, para quem "o fosso entre as grandes fortunas e o resto da população aumenta rapidamente".
A responsável pediu aos dirigentes internacionais que ataquem "os interesses particulares dos pesos pesados que são um obstáculo para um mundo mais justo e mais próspero".
A Oxfam apelou aos Estados para que adotem um plano de luta contra as desigualdades, contrariando a evasão fiscal, da promoção de serviços públicos gratuitos, com mais impostos sobre o capital e menos sobre o trabalho, criando salários mínimos ou ainda através da criação de sistemas de proteção social para os mais pobres.
O fórum económico mundial (WEF, sigla em inglês) decorrerá entre quarta-feira e sábado, em Davos.
Mais de 300 dirigentes mundiais, incluindo a chanceler alemã, Angela Merkel, o Presidente francês, François Hollande, o chefe do Governo italiano, Matteo Renzi, o primeiro-ministro chinês, Li Kepiang, e o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, deverão participar na 45.ª edição do fórum.