Para os analistas do Citigroup, Portugal será obrigado, tal como aconteceu com a Grécia, a pedir um perdão parcial da dívida. Numa análise sobre o sector da banca na Europa, a que o Jornal de Negócios teve acesso, o banco de investimento prevê um ano de “profunda recessão”, com a meta do défice a ser ultrapassada, o que levará a um prolongamento da ajuda externa.
“Antecipamos que Portugal deverá necessitar de ajuda externa adicional para o fim de 2013/início de 2014, quando termina o programa de ajuda externa", refere o texto.
“Tal como na Grécia, isto deverá desencadear um pedido de perdão parcial da dívida pública de forma a limitar a exposição” das instituições envolvidas no programa de ajustamento português (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), pode ler-se no comentário
O Citigroup sublinha ainda que a redução do défice público equivale a 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB) previsto para 2013.
O ajustamento português “só agora começou”, levando ainda “mais alguns anos completar”, conclui a analista Giada Giani.