As últimas semanas têm sido marcadas por uma descida dos preços de petróleo, que fez com que o barril de crude, que há alguns meses quase ‘tocou’ os 150 dólares, esteja agora abaixo dos 50 dólares. Para um país que importa petróleo, como Portugal, a notícia até é positiva. Mas se pensarmos que Angola, uma país exportador e com quem Portugal tem negócios noutros setores, é particularmente afetada por este fenómeno, preveem-se desafios novos para as empresas portuguesas.
Como destaca o jornal Público de hoje, a questão já não está em se as empresas portuguesas que trabalham com Angola vão ser afetadas, mas sim em qual é que será na prática o impacto. É que para Angola o petróleo é uma fonte de receitas ímpar: representa mais de 90% das exportações do país e cerca de 30% do PIB.
Para as empresas portuguesas, realça o mesmo normal, o que se espera já é uma descida acentuada nas receitas, que por sua vez terá, no terreno, um impacto diverso, nomeadamente com descidas nas vendas, cancelamento de obras e até atrasos nos pagamentos. Com menos receitas, a economia angolana tem menos dinheiro na ‘carteira’, temendo.se que setores como a construção – onde Portugal tem dado cartas em Angola – possam ser particularmente afetados.