A CMVM terá recusado ceder aos deputados documentos relativos às transações de ações do BES na semana que antecedeu a resolução do banco.
Segundo o ofício a que o Expresso teve acesso, o regulador português invocou, neste sentido, todos os segredos (profissional, bancário e de justiça) para fazer valer a sua posição perante os deputados que investigam o caso BES/GES.
“Quando respeite a transações financeiras e a operações de investimento efetuadas por clientes, devidamente identificados, quer do BES, quer de outros intermediários financeiros do Grupo BES ou do GES, (a informação está protegida) pelo dever de segredo bancário”, lê-se na carta enviado à Comissão.
A instituição liderada por Carlos Tavares lembra ainda que tem várias investigações em curso, pelo que toda a informação que tem ao seu dispor está protegida por segredo profissional, podendo mesmo haver lugar a processos de contraordenação ou participações ao Ministério Público.
Os deputados, com a informação requisitada, queriam perceber se houve abuso de informação privilegiada, uma vez que as ações do banco desvalorizaram de forma significativa antes da separação do BES em banco mau e banco bom.