Dijsselbloem vai ser recebido ao meio-dia por Tsipras e, posteriormente, pelo ministro das Finanças grego, Yanis Varufakis, e pelo vice-primeiro-ministro, Yanis Dragasakis.
A visita de Dijsselbloem é a segunda de um representante europeu a Atenas depois da de quinta-feira pelo presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz.
Na cerimónia de tomada de posse, Yanis Varufakis afirmou constatar na Europa "um espírito de negociação" e que o próprio Dijsselbloem - numa conversa telefónica há uns dias - lhe manifestou estar seguro de que se chegará a um acordo.
Segundo a agência Efe, o Efymerida ton Syntakton, jornal próximo do partido de esquerda Syriza, Varufakis pretende propor ao presidente do Eurogrupo designadamente uma moratória do pagamento da dívida de cinco anos, bem como a convocatória de uma conferência internacional sobre a dívida helénica.
Na quinta-feira, antes de viajar para Atenas, Dijsselbloem deixou uma série de advertências. O também ministro das Finanças holandês afirmou, em Amesterdão, que se o novo Governo grego insistir em cumprir as suas promessas eleitorais, o orçamento público "vai derrapar muito em breve".
O mesmo responsável ressalvou, porém, ser "demasiado cedo para julgar" o Governo de Tsipras.
O economista grego também defendeu, em declarações recentes, a necessidade de se sentar a falar com os credores (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) sobre "a melhor maneira de reorganizar o pagamento da dívida grega" e evitar um "foco de confrontação".