Regras estatísticas 'apagaram' 640 mil pobres do mapa
A forma como são apresentados pelo INE o número de pobres em Portugal, que segue orientações europeias, faz com que centenas de pessoas com rendimentos considerados muito baixos não apareceram nas estatísticas, dá conta o Expresso, na sua edição diária.
© Reuters
Economia INE
Segundo uma notícia publicada pelo Expresso, pelo facto de serem seguidas determinadas fórmulas de cálculo no que diz respeito aos indicadores de pobreza, há uma quantidade expressiva de pessoas pobres que não estão a ser quantificadas.
Ou seja, o valor de 19,5% apresentado na passada sexta-feira de pessoas em risco de pobreza, pode esconder uma realidade bem mais gravosa. Esta estatística reflete apenas o facto 1,95 milhões de portugueses sobreviver com um rendimento familiar inferior a 60% da mediana da população – 4937 euros. Este valor, explica o Expresso, contabiliza ainda as transferências sociais.
Segundo o semanário, sempre que existe uma estatística que contabiliza o rendimento médio da população para chegar ao resultado final, e uma vez que o rendimento tem vindo a cair, o limiar tende a baixar.
Assim, eliminando do cálculo do indicador a variação dos rendimentos médios, verifica-se que existem cerca de 640 mil pobres que não são contabilizados, sendo que os valores do INE exprimem apenas a realidade em 2013, um dos anos mais negros da economia lusa.
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