Os peritos do FMI responsáveis pelo documento que sugere ao Executivo de Pedro Passos Coelho um leque de medidas orientadas para o corte de 4 mil milhões de euros nas funções sociais do Estado advogam reiteradamente que a educação tem pessoal a mais.
Assim, os técnicos da entidade presidida por Christine Lagarde propõem o alargamento do horário de trabalho dos professores para 40 horas semanais, o aumento da duração das aulas, bem como o recurso à mobilidade especial.
Se 30 a 50 mil funcionários da educação fossem colocados no regime de excedentários da Função Pública, o Estado pouparia entre 430 a 710 milhões de euros por ano, assegura o FMI.
Os peritos assinalam ainda que mesmo numa perspectiva “moderada” seria necessário despedir entre 50 a 60 mil funcionários para que Portugal se aproximasse da média da União Europeia.